6 previsões corretas feitas no passado sobre o futuro das TVs


Transmissões via satélite, conteúdo transmitido por streaming, gravação automática de programas etc. Veja o que o passado acertou sobre a TV do futuro...

1900 — John Elfreth Watkins Jr — Transmissão ao vivo via satélite
Em um mundo que não tinha nem aparelhos de televisão ainda, este homem foi capaz de prever que transmissões ao vivo de pessoas ao redor do mundo aconteceriam por meio de câmeras ligadas a “telas dos dois lados”, como ele mesmo descreveu, em uma publicação que trazia várias previsões para os próximos 100 anos.

Hoje em dia é fácil imaginar isso, já que esse sistema de transmissão é tão comum que nós nem paramos para pensar nisso. Porém, estamos falando do ano de 1900 — o aparelho de TV só seria patenteado e realmente lançado no mercado anos mais tarde. Ou seja, além de prever as transmissões, Watkins também acabou prevendo a própria TV e as câmeras de gravação.

1987 — Roger Ebert — TV em HD e monitores widescreen
O aparelho da imagem acima é um exemplo de TV que existia no final dos anos 80. Como é possível ver — e, se você é um pouco mais velho, vai poder se lembrar daquela época —, os televisores antigos tinham um aspecto bem mais quadrado do que as telas de hoje. Porém Roger Ebert previu, com precisão, que as TVs modernas seriam bem diferentes.

“Nós teremos televisores em alta definição e com telas widescreen” — foi assim que ele começou, em 1987, a falar sobre o que ele imaginava para a TV dos dias de hoje. Nesses dois aspectos ele acertou, mas o mais impressionante foi o que Ebert falou sobre conteúdo digital on-demand (veja no próximo tópico).

1987 — Robert Ebert — Conteúdo digital via streaming
Em uma época na qual a TV a cabo estava engatinhando ainda, este estudioso garantiu que o futuro reservava algo muito maior: a escolha de qualquer filme para ser visto a qualquer hora em casa. Isso soa muito parecido com o que é a Netflix, certo? A ideia de Ebert era a de que você não precisaria mais ir a locadoras, bastando escolher um vídeo em um acervo digital.

Como a internet ainda estava longe de ser popularizada — e, naquela época, não tinha nem a estrutura mínima para imaginar esse tipo de conteúdo —, Ebert previu que isso seria feito diretamente pela TV, usando um sistema de ligações para escolher a programação. De certa forma, isso se assemelha bastante também com os canais pay-per-view.

“Você não irá mais a uma videolocadora, mas em vez disso, vai pedir um filme pela TV e então pagar por isso”. Isso soa exatamente como sistemas de streaming e canais pay-per-view ilimitados, porém foi dito em 1987.

1989 — "De Volta Para o Futuro II" — Vários canais ao mesmo tempo
Se você hoje liga a TV e tem à disposição centenas canais de TV para assistir, saiba que nem sempre foi assim. As televisões em 1989 tinham um número bem limitado de opções e mesmo as TV a cabo ainda não possuíam a quantidade de emissoras que existem hoje. Por isso, quando Marty McFly viaja para o futuro, liga a TV e encontra centenas de opções, isso era uma novidade para a época.

Porém, mais do que a quantidade de opções, outro ponto que o filme previu para o futuro foi que seria possível assistir a mais do que um canal de uma só vez. As SmartTVs e vários serviços de TV a cabo possuem essa tecnologia e você pode simplesmente dividir a tela da sua televisão em duas ou mais partes para assistir canais simultaneamente.

1989 — Malcolm Abrams e Harriet Bernstein — TiVo e controle de programação
Muito popular nos EUA, o TiVo é uma marca de gravador digital que permite que você assista a TV pausando e passando para frente ou para trás o conteúdo, mesmo que seja ao vivo. Além disso, ele grava os seus programas favoritos e permite que você os veja depois. Em 1989, Malcolm Abrams e Harriet Bernstein escreveram um livro chamado "Future Stuff" que já previa que isso aconteceria.

Neste livro, eles preveem um sistema que é chamado de SmarTV — diferente da SmarTV atual — que aprende quais programas você mais gosta e grava-os para que você os veja mais tarde. Além disso, a descrição dada para esse sistema lembra bastante um menu de TV a cabo, no qual você pode ver a sinopse dos programas e escolher o que quer ver.

“Você não precisa tocar em uma fita de vídeo ou aprender a programar o videocassete” — para a época, essa previsão era o sonho de qualquer pessoa que quisesse ver os seus programas favoritos em um outra hora.

1989 — Malcolm Abrams e Harriet Bernstein — Televisões de tela plana
Se você não lembra ou não chegou a viver nessa época, a imagem acima mostra o que uma “TV de tela plana” queria dizer por volta de 1989. Porém, Abrams e Bernstein no livro "Future Stuff" previram que isso iria mudar drasticamente, mesmo que a tecnologia daquele período indicasse o contrário.

“Uma TV tão fina que pode ser pendurada na parede como um quadro? Não se surpreenda se uma dessas estiver na sua sala ainda na década de 90”. O cumprimento disso demorou um pouco mais do que o previsto, mas hoje dificilmente é possível encontrar TVs que não sejam totalmente planas e penduráveis.

Fonte: TecMundo